21 agosto 2014

a culpa é do macaco!

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Correndo o risco de ser linchado quando sair à rua para ir beber um café, a culpa é, em grande parte, do prestador de serviços (agência ou freelancer). O cliente não é designer, não é programador, não é copy, não tem (normalmente) uma cultura visual e digital alargada e não fala outro dialecto que não o seu.

Existe uma diferença real na comunicação que estabelecemos com os nossos pares e na que estabelecemos com quem tem backgrounds muito diferentes do nosso. O caso cliente-agência/freelancer é um exemplo típico: as histórias que se contam são interpretadas de forma diferente, porque a base cultural ou empresarial é diferente. Cabe a quem estabelece o interface criar esta ponte (no caso dos freelancers, têm que se aguentar à bomboca e descobrir como fazer isto sozinhos), o meio-termo onde as expectativas do cliente são ajustadas ao tempo e orçamento disponíveis.

O trabalho avança e continuamos à espera da informação? O cliente sabia e está-se a portar mal ou passou-nos ao lado, soam os alarmes e começa tudo a entrar em modo de histeria? Se a culpa é do cliente, é necessário insistir com ele e alertá-lo para o efeito que esse atraso poderá ter no projecto - especialmente porque as horas extra raramente são pagas e um atraso num trabalho condiciona o prazo de entrega doutro. O erro foi nosso, ou de quem lida com o cliente? Será que interessa, quando o projecto ainda está em desenvolvimento? Nem por isso. Mas é um hábito comum parar o que estamos a fazer para reunir e apontar o dedo, um desperdício absoluto de tempo e energia. Devemos deixar passar? Não, fazer de conta que somos avestruzes não resolve nada. 

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