11 novembro 2012

"persona non grata"

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Em qualquer empresa, existem pessoas com quem conseguimos estabelecer relações de amizade que ultrapassam a esfera profissional; idealmente, amizade e trabalho não devem sobrepor-se, havendo uma separação clara do que se espera quer num registo, quer no outro. Por outro lado, não temos sempre de ser amigos dos nossos colegas de trabalho mas, no mínimo, deveríamos conseguir estabelecer com eles relações minimamente cordiais, de modo a criar e manter ambientes profissionais saudáveis, baseados na confiança e no respeito mútuo.

No entanto, existem pessoas que adoptam atitudes e comportamentos tão desagradáveis que, simplesmente, tornam difícil a relação com os colegas e, também a progressão e execução de todas as tarefas em que estão envolvidas. Dos muitos exemplos que temos à nossa disposição, destacamos os seguintes:
  1. Envolver-se em discussões técnicas, sem conhecimentos sólidos dos assuntos em causa, e impor a todos as suas decisões, mesmo quando todos à sua volta lhe dizem que está errado.
  2. Tratar as pessoas como recursos descartáveis, mostrando-lhes com frequência que elas não são mais que “carne para canhão”.
  3. Desvalorizar o trabalho dos colegas, retirando-lhes o mérito ou atacando-os com críticas duras, negativas e fora do contexto.
  4. Usar todos os seus recursos para travar a progressão na carreira dos seus colegas, seja por promoções ou pela atribuição de trabalhos de maior responsabilidade/destaque.
  5. Ignorar as sugestões dos colegas, reforçando a ideia de que apenas a sua forma de ver e fazer as coisas é válida. 
  6. Delegar trabalhos prioritários aos elementos da equipa com menos experiência, sabendo de antemão que a possibilidade de eles falharem é gigantesca. 
  7. Dificultar a comunicação interna e externa, nunca se mostrando disponível para atender um telefonema ou responder a um email no tempo devido - mesmo quando está perante um assunto urgente.
  8. Atrasar as tomadas de decisão sempre que estas dependerem de si.
  9. Utilizar as redes sociais para espiar a vida dos seus colegas, fazendo-os sentir que estão constantemente a ser observados.
  10. Dar azo a intrigas e utilizar os outros para disseminar calúnias a respeito de colegas que sabe serem melhores profissionais ou que considera uma ameaça.
  11. Desvalorizar os problemas dos colegas (pessoais e profissionais), criticando-os publicamente e colocando em causa a sua dedicação à empresa.
  12. Ausentar-se sem aviso, durante períodos de tempo indefinidos, ao mínimo problema pessoal com que se depare. 
  13. Exigir estar presente em todas as reuniões de trabalho, chegar atrasado, mal preparado e apenas pronto para levantar problemas que não se relacionem directamente com os assuntos a serem discutidos.
Poderíamos dissertar acerca da origem deste tipo de atitudes e comportamentos. Muitas vezes, não são mais que padrões adquiridos por repetição, noutras serão pouco mais que uma forma de mascarar inseguranças e o medo de falhar. Seja qual for a explicação, são sempre inadmissíveis, pelo que sugiro tolerância zero, muita paciência e uma grande dose de assertividade. Lidar com pessoas “difíceis” é uma tarefa árdua e desgastante, que deve ser iniciada ao primeiro sinal de abuso, de modo a marcar com clareza os limites que devem ser respeitados. 

{Dúvidas? Sugestões? Fiquem à vontade para se fazerem ouvir nos comentários!}

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